é realmente uma pérola. Existe um privilégio artístico meio grosseiro que consiste em certa ingenuidade que inadvertidamente capta todo o ambiente sociocultural a sua volta. Quase um Chico Buarque as avessas. É assim que uma tradução de canção, ao se revelar totalmente absurda e sem sentido, ops!, torna-se adaptação, estilização. Isso não lembra o corte que virou contingenciamento?
Títulos sem fundo são uma constante nesse governo: Witzel, Salles, Damares, Vélez… o imbecil com honras de filósofo… Mas isso não surpreende. Nem surpreende a total indiferença que isso faz, seja não aparecendo antes, seja aparecendo depois. E não acho coincidência que também uma professora de ensino técnico, figura bem mais comum, “uma de nós”, tenha ostentado um título falso, também de Harvard… É surpreendente, sim, que nada disso surpreenda. Como disse Nietzsche: ao eliminarmos o mundo verdadeiro, profundo, também eliminamos o aparente, superficial. O que sobra? Não sei. Só sei que “we’re far from the shallow now”.
Neste ponto a Ucrânia está mais avançada – a star is born – pois tem um comediante profissional recém-eleito presidente! E, não é piada, judeu! “Olhem para nós, tudo é possível”, disse após a vitória. Tudo é possível = nada mais surpreende.
Um adendo humorístico em homenagem à Ucrânia: