“A montanha pariu um rato” – I

É possível que Temer esteja certo, que a montanha tenha parido um rato, dados os inúmeros sabores de pizza disponíveis no menu da política brasileira. Mas o fato é que pato põe ovo! A delação da JBS sem dúvida provocou uma euforia momentânea por ser índice contra UM DOS golpistas, mas é inevitável suspeitar da GLOBALIZAÇÃO frenética dessa delação. Rapidamente dois aspectos se contornam nas análises GLOBAIS: o estatuto sagrado das reformas e o alerta de golpe por meio de Diretas.

Em março e abril as manifestações se intensificaram, assim como a impopularidade de Temer, que rateou um pouco em relação à reforma previdenciária. Isso sinalizou uma ameaça às reformas. A agenda da qual elas fazem parte, não é privativa dele, mas ele foi UM DOS escolhidos pra botar os ovos e chocá-los o mais rápido possível. Mas ele é descartável – um ratinho ou patinho, o que importa são os ovos, já postos, representados pelo grande consenso da necessidade e legitimidade das reformas.


Descartável, mas não por qualquer um! Não por alguém eleito diretamente, isso cagaria a constituição! (-Como se não fosse diariamente cagada…) Bem, mais uma vez a dicotomia não dá conta da situação. Não há qualquer garantia de que a eleição direta teria melhor resultado que a indireta. Mas, pra não se arriscar muito, melhor fazer o pedido na pizzaria que já conhecemos: – Parece que o pizzaiolo da hora é FHC! – Hum, vamos de que? Jobiniana?


O que esses contornos podem apontar? Continuismo, persistência no GOLPE. Via quem? Em parte, vê-se: o núcleo jurídico e policial que vem se fortalecendo no processo chamado de “judicialização” – PGR, MPF, PF, STF. Esses setores, que articularam meticulosamente esta delação, se mostram mais capazes nesse momento para assegurar a chocagem profissionalmente.


Nada a ver com Lava-Jato INC. Essa virou outra Odebrecht, OAS, etc. É uma empresa, com 3 anos de sucesso, especializada em mercado de delações (ridículas, mas o que importa é a especulação – por isso, premiadas), cujo CEO é símbolo do empreendedorismo jurídico. Virou patrimônio e símbolo nacional em meio à perdição das outras empresas, e quem sabe um dia ainda arrume algo com o BNDES.

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